Se tem uma coisa que traz tranquilidade na vida é ter tempo para lidar com as coisas pequenas, mas essenciais. Andei pensando que, no ritmo que as coisas andam, não tenho tido tempo para lidar com as chaticezinhas do dia-a-dia, coisas que não são essenciais, mas que se a gente coleciona, podem trazer grandes dores de cabeça. Chamei isso de "micro-problemas". Os meus micro-problemas são de toda a natureza. Desde coisas banais como "não tem nada na geladeira", até "preciso fazer a unha", "tenho que mandar lavar o carro", "esqueci de pagar a Renner", "preciso renovar meu passaporte", ou outros tantos desse gênero.
Agora, pensem, como seria bom se a gente só apertasse play e seguisse vivendo, sem ter que parar tudo porque tem que resolver, ajustar, aprimorar. Se a gente não tivesse que fazer revisão no dentista, vez que outra algum procedimento mais escabroso. Se a gente não precisasse ficar visitando o seu Zaffari toda a semana, ou todo o mês porque faltou sabonete e pasta de dente.
Eu adoraria que meus micro-problemas se transformassem em micro-soluções. Mas geralmente todo o processo de resolver os micro-problemas parece se tornar muito maior que eles. Para uma simples autenticação de assinatura num cartório, meia hora de espera na fila do tabelionato.
O que não pode é fingir que não estão ali. Os micro-problemas crescem, se multiplicam, é tipo mofo mesmo. Mofo no pão, sabe. Quando a gente se dá conta, tá tudo tomado. Então, é trabalhar na satisfação de ter pelo menos uma semana de micro-problemas resolvidos. E não deixar acumular.
Um Blog de percepções, de afetos e algumas bobagens cotidianas.
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Um comentário:
o pior é que a sensação depois de resolvidos os problemas é muito boa. mas a cabeça não dá pra tudo, por isso muitas coisas vão ficando pelo caminho. gostei do post pq tbem acontece o mesmo comigo.
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