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segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

MARIAS NO DONNA ZH


Saiu na Zero:

DO CADERNO DONNA DE DOMINGO (28/12)

Elas são bonitas e se deram bem em 2008. Mas nesta coluna, emprestam suas histórias para Estilo Próprio por duas características: são jovens e muito talentosas. A designer de bolsas Letícia Kramer, as produtoras culturais da Maria Cultura e as quituteiras da Cinco Marias abriram seus próprios negócios. Pela faceirice que demonstram nas fotos, dá para deduzir que fizeram a coisa certa.

Bolsa

Para quem começou a fazer bolsas de patchwork despretensiosamente, na sala de casa, abrir a própria fábrica deve ser mesmo um feito e tanto. E isso em menos de quatro anos.

Durante a semana, Letícia Kramer parte de Porto Alegre para Novo Hamburgo, sempre às 7h, rumo à fábrica onde comanda os trabalhos de seus 15 funcionários. Aos 31 anos, ela faz as bolsas da grife que leva seu nome e desenvolve ou produz o acessório para marcas nacionais como Le Lis Blanc, Canal e a do top estilista nacional Alexandre Herchcovitch. Por mês, a fábrica entrega cerca de 1,5 mil peças.

— Meu foco sempre foi este mercado das grifes mais importantes para investir realmente na qualidade do produto e não na quantidade. Difícil definir como começou, mas um fornecedor indica o outro.Meu trabalho apareceu em revistas nacionais, o que ajudou muito — conta a designer.

Letícia era estudante de publicidade no Sul e durante a faculdade resolveu fazer um curso de design de bolsas em São Paulo. Desde então, coleciona conquistas, principalmente o prestígio entre uma clientela que faz questão de indicar o trabalho da moça. Para ela, o fato de ser jovem conta a seu favor em um mercado em que fabricantes e fornecedores, geralmente homens e mais maduros, predominam.

— As vezes acho que é mais fácil o cliente se identificar com a minha proposta pelo fato da juventude. Também procuro sempre manter o valor agregado a cada peça como minha marca registrada.


Idéias na cabeça

A Maria Cultura começou a ser pensada como uma agência de publicidade focada exclusivamente em cultura. Acabou ganhando as ruas mais ambiciosa:

— Somos uma empresa de comunicação cultural — define Camila Farina.

Alguns dos projetos mais bacanas das artes no Estado e fora dele levam a assinatura da trupe. A Maria Cultura criou evento de rock para teenager, blog para a Unisinos e exposições de arte para o Theatro São Pedro.

— Hoje as agências são nossos clientes. Somos acima de tudo uma empresa criativa, com pessoas que tiveram vivências no Exterior e que estão sempre viajando para buscar novas tendências — diz Camila.

Ela fala por experiência própria. Camila é publicitária, foi estudante de cinema em Cuba e acaba de se tornar mestre em Comunicação. Tudo isso aos 27 anos, mesma idade da sócia Luiza Ollé.

— Ser jovem não quer dizer não ser sério. Isso as pessoas precisam entender — diz Camila.

Parece que os clientes captaram a mensagem direitinho pois, nas palavras de Camila, o negócio está dando muito certo. Completam o time da Maria Cultura Rafael Tombini, Leo Garcia e Lenara Verle, atualmente vivendo na Alemanha para finalizar um doutorado.

Tá na mesa

Elas acreditavam que o negócio tinha potencial, mas ficaram surpresas com a agenda lotada já em novembro e dezembro. As Cinco Marias, que na verdade são três sócias entre os 24 e 30 anos, montaram uma empresa de gastronomia dedicada a abastecer eventos:

— Já fizemos almoço empresarial para cinco pessoas e uma festa para 300 convidados — conta Juliana Terra, a responsável pela administração e marketing. — Acho que faltava mesmo no mercado uma proposta como a nossa.

Juliana comanda a organização, enquanto Daniela Albuquerque e Christine Veronez pilotam as caçarolas. Um trio afinado que abriu a empresa há sete meses, mas se conhece há mais tempo. Todas trabalharam com o consultor gastronômico Marcelo Jacobi. Num jantar, degustando um fideau (espécie de paella, mas com massa) tiveram a idéia da Cinco Marias. As primeiras encomendas foram feitas na cozinha da casa de Daniela até que, com os pedidos aumentando, se viram obrigadas a alugar uma casa e montar uma cozinha industrial.

Para 2009, elas querem continuar autorais nas opções gastronômicas e sonham, finalmente, com uma festa de inauguração oficial do negócio.



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